O mês sagrado da família Unji e o Olubajè

Por: Iyá Vânia de Oyá

14/08/2025 | 09:14

Agosto: o mês sagrado da família unji é um período de profunda devoção, união e fortalecimento dos laços espirituais dentro da comunidade. Durante esse mês, a família Unjì dedica-se a rituais, cânticos, oferenda e momentos de partilhar, honrando seus ancestrais e divindades, presando tradições que atravessam gerações. É um tempo de reconexão, onde fé, respeito e solidariedade se entrelaçam, reafirmando valores como união familiar, a generosidade e preservação da memória ancestral.

Dentro desse período, um dos momentos mais marcantes é o Olubajê, uma grande celebração dedicada ao Omolú/Obaluaê, divindade associada à cura, à saúde e à renovação da vida. No Olubájè, a comunidade se reúne para preparar e compartilhar comidas rituais, especialmente o Deburù (pipoca), acaçá, acarajé entre outras comidas sagradas, que são oferecidos e depois repartidos entre todos. Esse ato simboliza a fartura, comunhão e gratidão.

O olubajè não é apenas uma festa, mas também um ato de devoção e reconhecimento da força que protege, cura e ampara. É um momento de renovação espiritual, em que pedidos e agradecimentos se misturam à música, à dança e à partilha do alimento sagrado.

Assim, o mês sagrado da família Injì, coroado pelo Olubajè, reafirma a importância de preservar tradições, cultivar a fé e manter viva a chamada da ancestralidade – Lembrando que honrar o passado e cuidar do presente, constrói-se um futuro mais forte e harmonioso para todos.

Que pai Omolú, Ossãae, Oxumarê, Mãe nanã e Ewá nos proteja sempre!

Atotô

Ewê O

Ahoboboy

Salubà

HiHó

Iyá Vânia de Oyá

Mãe Vânia D'Oyà é Professora, Pedagoga, sacerdotisa de Candomblé e Umbanda , fundadora e Iyalorisà do Ilê Asè Oyà Funan fundado no ano 2007, militante das causas pertinentes à Religião de matriz africana, pertencente a vários grupos e comissões que lutam contra o preconceito e racismo religioso.

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