Créditos e respeito: o desafio de proteger e valorizar trabalhos artísticos na era digital e frente ao avanço da inteligência artificial
- WR Express
- 14 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 dias
Expansão da IA intensifica discussão sobre direitos autorais e ética

✅ 14/08/2025 | 11:09
Fotografia, artes visuais, desenhos, pinturas e outras expressões criativas são frutos de dedicação, estudo e sensibilidade. No entanto, muitos artistas enfrentam um desafio recorrente: ver suas obras sendo usadas sem autorização e, frequentemente, sem receber os devidos créditos. Esse uso indevido não apenas desrespeita os direitos autorais, como também desvaloriza o esforço e a pesquisa envolvidos na criação.
Além de sites, páginas e lojas, até mesmo perfis e produtoresde conteúdo nas redes sociais reproduzem materiais sem consultar oureconhecer seus autores. O artista Éric Cäsar, que já teve trabalhos utilizados indevidamente, relata a frustração:
“Como artista, é extremamente frustrante ver uma arte que criei com tanto cuidado, com o objetivo de contribuir com uma religião que já sofre tanta perseguição e preconceito, sendo usada sem autorização, vendida, distorcida e, na maioria das vezes, sequer creditada. Isso é profundamente desestimulante para qualquer artista. Apesar de eu não seguir essa religião, estudei muito para representar da forma mais respeitosa e fiel possível a sua expressão espiritual. Mesmo assim, vejo constantemente lojas, páginas, sites, pais de santo e consultores utilizando obras de artistas, muitas vezes sem nenhuma autorização, para obter lucro, sem respeitar os direitos autorais ou a dedicação envolvida. Muitas vezes um contraste irônico, as pessoas valorizam a arte, mas não valorizam o artista. Com a chegada da inteligência artificial, esse problema se agravou. Imagens de artistas são copiadas, estilos são replicados, e as pessoas acham que a IA pode substituir o artista. O que muitos não percebem é que a IA não cria nada sozinha. Ela só reproduz com base em referências, e essas referências são obras reais, de pessoas reais, muitas vezes sem consentimento. Ou seja, por trás de toda “criação” feita por IA, existe um pedaço do trabalho de alguém que foi usado sem permissão. Sem artistas, a IA não crianada”.
Com a expansão das tecnologias e, especialmente, da inteligência artificial, a discussão sobre direitos autorais e ética no uso de imagens se torna ainda mais urgente. Creditar corretamente, pedir autorização e respeitar a integridade da obra não são apenas questões legais, mas também um ato de valorização da arte e de quem a produz.
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