Por: Filipi Brasil
10/12/2022 | 00:00
Muitos são os medos, as crenças limitantes, as lendas e os preconceitos que envolvem a visita, pela primeira vez, a um templo umbandista. É comum as pessoas chegarem às casas de Umbanda movidas pela dor, por alguma necessidade, ou até mesmo pela curiosidade. No entanto, aqui vai um spoiler: a Umbanda é uma religião apaixonante, que nos arrebata pelos cinco sentidos: quando percebemos, se institui uma relação de verdadeiro amor que subsidia o sentido da vida, nos oportunizando o real aprendizado da caridade.
No entanto, aqui vão algumas dicas do que você vai encontrar e de como se portar nesse local sagrado. Cabe destacar que as casas religiosas do segmento umbandista tem como premissa a prática do bem e do amor ao próximo. Desta maneira, se você chegar a um local que pratica o mal (amarração, trabalhos de magia negativa etc.), corra, pois com certeza não é uma casa de Umbanda, e muito menos religião! Afinal, a religião por si só tem a função de nos religar ao sagrado, nos incitando a transformação e a expansão da consciência, tendo como objetivo que nos tornemos pessoas melhores. Então, fique alerta às atitudes adotadas e professadas no local que você for visitar, se estão alinhadas aos norteadores citados.
Geralmente, num terreiro, você vai encontrar pessoas trajando roupas brancas, usando fios de conta no pescoço, entoando cânticos, batendo palmas, tocando atabaques; vai encontrar também a defumação e a manifestação dos guias espirituais ministrando passes/benzimentos e aconselhamentos aos presentes. Estes aspectos podem variar de casa para casa, de acordo com a doutrina adotada e a raiz umbandista pertencente.
Quando visitamos um local, é de praxe nos informarmos acerca das vestes, regras e costumes, a fim de não faltarmos com o respeito ou cometermos alguma gafe. Desta forma, por se tratar de um local sagrado, não se adequam roupas curtas, justas, decotadas, transparentes, assim como são recomendadas roupas claras, e que cada pessoa mantenha a compostura. Também é sugerido que desligue o celular ou deixe-o no modo silencioso, pois além de ser falta de educação, atrapalha o trabalho espiritual. Assim como não é permitido tirar fotos ou filmar os trabalhos sem prévia autorização - em caso de dúvidas, certifique-se com os trabalhadores da casa, para não ser chamado a atenção. É fundamental que sejam evitadas conversas paralelas ou comentários ao longo da sessão. Durante os trabalhos, mantenha-se concentrado, ore, mentalizando o que te levou até ali, ou simplesmente agradeça a Deus, bata palmas, pois você é um trabalhador em potencial. A espiritualidade usará sua energia indiretamente para os trabalhos de caridade.
Vá de coração aberto, pois o contato com as entidades é algo singular: os guias nos acolhem, nos querem bem, nos advertem sobre comportamentos equivocados, nos ajudando na harmonização e no alinhamento das nossas energias, auxiliando em nosso reequilíbrio. Além de ajudarem no fortalecimento da nossa fé e esperança, o que suaviza os obstáculos e desafios da vida.
Agora, se você ainda não foi a uma casa de umbanda, tenha certeza que será um marco na sua vida e que você vai amar. Saravá Umbanda!
Filipi Brasil
Filipi Brasil é médium, escritor e estudioso da seara umbandista há mais de 25 anos. Sacerdote do Templo Espiritualista Aruanda, Filipi é também psicólogo, Mestre em Psicologia, especialista em Psicologia Transpessoal, além de ter MBA em Gestão pela Qualidade Total, em Educação Corporativa, e em Gestão de RH. Terapeuta Holístico, Filipi também tem formação em Coach, é consultor de RH e de Desenvolvimento Humano. Autor dos Livros Sob o Céu de Aruanda, Zé do Laço e Mariazinha, Filipi é também co-autor do livro As Cartas Ciganas e os Orixás.
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