Casa Kalundú marca presença na FLIP 2025 com programação dedicada à ancestralidade e resistência negra
- WR Express
- 21 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de ago.
O evento ocorrerá de 30 de julho a 3 de agosto em Paraty

✅ 21/07/2025 | 09:29
Em 2025, na 23° edição da FLIP, a Casa Kalundú se ergue no centro histórico de Paraty, na maior encruzilhada da Rua do Comércio, 244 - Sobrado. A Casa Kalundú não é apenas uma casa parceira; mas um Quilombo Literário, um epicentro onde as narrativas da literatura afro-brasileira assumem o protagonismo que lhes é de direito.
A missão da Casa é clara: exaltar a luta antirracista e impulsionar a conclusão do processo abolicionista no Brasil. É inaceitável que, séculos após a abolição formal, ainda vivamos sob a sombra de uma "senzala moderna", onde a escala 6x1 (uma referência à desproporção racial e social) impede que milhões de brasileiros desfrutem de uma vida plena – saudável, afetiva, literária e com novas formas de organização social. A verdadeira liberdade e equidade ainda são um sonho distante para muitos.
A Casa Kalundú chega à FLIP para desafiar essa realidade. Com parcerias estratégicas com o movimento social, universidades públicas, observatórios, editoras renomadas e editoras independentes, construiremos uma programação vibrante e plural. De 30 de julho a 03 de agosto, realizaremos dezenas de lançamentos e mesas de debate, reunindo vozes potentes e essenciais para a construção de um futuro mais justo.
A Casa Kalundú terá a honra de receber autores e personalidades como Claudia Alexandre (Prêmio Jabuti Acadêmico), Luiz Antônio Simas (Prêmio Jabuti), Renata Souza e Dani Balbi (Autoras e Deputadas Estaduais), Sinara Rubia (Autora e diretora do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira), Marina Iris (Autora e Cantora), além de diversas outras autoridades literárias e surpresas que farão do nosso Quilombo Literário um espaço inesquecível de efervescência cultural e reflexão crítica.
A literatura que emerge dos terreiros de matriz africana é um farol e bússola indispensáveis no combate ao racismo religioso. Através de seus escritos, vozes ancestrais e contemporâneas desmistificam preconceitos, revelam a riqueza de suas filosofias, rituais e cosmovisões, e educam sobre a importância da diversidade religiosa para a nossa sociedade. Essa produção literária não só resgata a dignidade e a história de povos perseguidos, mas também oferece ferramentas poderosas para a desconstrução de estereótipos e a promoção de uma cultura de respeito e acolhimento.
A Casa Kalundú é um convite à ação, ao debate e à celebração da resiliência e da riqueza da cultura afro-brasileira.




