Você sabe o verdadeiro poder das guias na Umbanda?

Por: Marcela omó Ogum

Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil

✅ 23/06/2025 | 08:25

As guias não são apenas colares de contas coloridas, são símbolos sagrados que conectam o médium à espiritualidade. Cada guia carrega a força de um Orixá, de uma falange ou de um trabalho espiritual específico. São escudos, pontes, bússolas energéticas!

Na Umbanda, elas são usadas com respeito e consciência, representando o compromisso com a fé, com os guias espirituais e com a missão no terreiro. Axé não é moda, é fundamento!

Usar uma guia é carregar no peito um pacto de luz, de proteção e de entrega. E não é qualquer guia: cada cor, cada conta, cada nó tem um significado e uma energia única.

Respeite, valorize e compreenda.

Não se trata de superstição, mas de tradição, ancestralidade e fé viva!

Elas não são acessórios, são instrumentos sagrados de proteção, identidade espiritual e conexão com o invisível.

Quando um médium coloca sua guia, ele está dizendo ao mundo espiritual: “Estou pronto. Estou em missão. Estou em sintonia com meus guias.”

Cada guia tem um propósito, e abaixo alguns exemplos:

• A guia de Oxalá traz paz e equilíbrio e sua cor é sempre branca.

• A de Ogum protege nas batalhas do dia a dia e suas cores podem ser vermelha e azul; em sua maioria.

• A de Iemanjá acalma, acolhe e limpa as emoções e suas cores podem ser o azul água ou totalmente transparente.

• A de Preto-Velho, carrega sabedoria e humildade e carregam as cores preta e branca, mas podem entrar contas distintas; de por exemplo; lágrimas de nossa senhora, ou até mesmo usarem terços.

• A de Caboclo, força, coragem e conexão com a natureza e suas cores variam de acordo com os fundamentos de cada caboclo, porém a cor verde sempre está presente.

Elas são preparadas com rituais, rezas e fundamentos. Muitas vezes passam por imantação dos guias, defumação e são consagradas com elementos naturais. Tudo isso para que cumpram sua missão espiritual com você.

Jamais use uma guia sem saber sua origem e propósito.

Ela não é enfeite, é responsabilidade e precisa ter uma conexão espiritual! Ela é o seu patuá que carregará uma energia específica.

E lembre-se: tudo que se usa com fé, se carrega com respeito.

Axé e beijos da Mãe!

Marcela omó Ogum

Médium, estudiosa e pesquisadora da religião de Umbanda desde 2002. Sacerdotisa da Casa de Jurema desde a sua fundação, em 2018, Apètèbí de Ifá e Oraculista de Cartas. Filha de Ogum com Iansã. Formada em Marketing e Administração pela faculdade Unicarioca do Rio de Janeiro, é empreendedora em ramos variados. [+ informações de Marcela omó Ogum]

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