Novembro: consciência viva e reparação ancestral
- WR Express

- 13 de nov
- 2 min de leitura
Por: Mãe Manu da Oxum

✅ 13/11/2025 | 18:16
Novembro chega como um chamado. Um tempo de relembrar quem somos e de onde viemos. Um mês que nos convida a refletir, mas também a agir. Falar de Consciência Negra é muito mais do que celebrar um calendário, é afirmar que ainda precisamos caminhar com coragem e verdade para construir uma vida realmente antirracista.
Não basta um novembro negro. É preciso uma vida inteira com consciência, empatia e responsabilidade. Não dá pra falar de futuro sem olhar para o passado, sem reconhecer as histórias que foram apagadas e as vozes que ainda são silenciadas. Principalmente as nossas, de povos de matrizes africanas, que seguimos mantendo viva a fé, o saber e a dignidade herdada dos nossos ancestrais.
Este novembro é afro-brasileiro, e deve ser também um mês de consciência humana, igualitária e reparatória. É tempo de entender que alguns privilégios não deveriam ser muros, mas portas abertas para todos. É tempo de dividir espaços, oportunidades e escutas.
No Instituto Axé Mulher e no Templo de Umbanda Tsara Paixão Cigana, seguimos firmes nessa missão. Nossas cozinhas ancestrais são provas vivas do nosso aquilombamento, lugares onde o alimento é afeto e resistência, onde cada gesto é reza e cada encontro é aprendizado.
Foi desse chão coletivo, regado de fé e ação, que nasceu o Programa de Enriquecimento Cultural e Social em Cidadania. Um programa que já chegou a mais de 1.600 casas, levando formação, esperança e o fortalecimento de um povo que aprendeu a caminhar munido de consciência, estratégia e união.
Seguimos acreditando que o Axé não é apenas uma palavra bonita: é vida em movimento, é construção diária, é o pulsar da ancestralidade dentro de nós.
Axé, existência e consciência , porque novembro é todo dia.

Mãe Manu
Mãe Manu da Oxum é Bisneta de Pai Nelson que morava no Bairro Boa Esperança e trabalhava com Preto Velho Pai Tomé. Neta espiritual de Mãe Ivonete do Ogum (desencarnada), nordestina, trabalhava nos fundos de sua casa e era costureira. Seus Guias chefes eram o Velho Rei do Congo, Caboclo 7 Flexas, Cigana Carmencita e Cigano Wladimir. [+ informações de Mãe Manu]
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