Mãe Estela de Oxossi: 100 Anos de Legado e Resistência
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Por: Dolores Lima

✅31/08/2025 | 15:50
No dia 9 de junho, o Ministério da Igualdade Racial celebrou os 100 anos de Mãe Estela de Oxossi, uma das figuras mais importantes do Candomblé brasileiro. O evento foi realizado no Axé Opo Afonja, um dos terreiros mais tradicionais do país, e contou com a presença de autoridades, líderes religiosos e membros da comunidade.
A Trajetória de Mãe Estela
Mãe Estela de Oxossi é uma ialorixá (mãe-de-santo) que dedicou sua vida à preservação da cultura afro-brasileira e à luta contra a discriminação racial. Nascida em [insira a data de nascimento], Mãe Estela se tornou uma figura respeitada em todo o país por sua sabedoria, sua liderança e sua dedicação à causa negra.
O Evento no Axé Opo Afonja
O evento de celebração dos 100 anos de Mãe Estela de Oxossi foi um momento importante para refletir sobre o legado da ialorixá e sua contribuição para a cultura afro-brasileira. O Axé Opo Afonja, fundado no início do século XX num cenário histórico entre quatro séculos de escravidão e a farsa da abolição, é um dos terreiros mais antigos e respeitados do país, e foi o local perfeito para homenagear a memória de Mãe Estela.
A Importância do Candomblé
O Candomblé é uma religião afro-brasileira que tem suas raízes na cultura africana. É uma religião que valoriza a ancestralidade, a natureza e a espiritualidade, e que tem sido uma fonte de força e resistência para a comunidade negra brasileira. O Candomblé também é uma importante parte da cultura brasileira, e sua preservação é fundamental para a manutenção da diversidade cultural do país.
O Legado de Mãe Estela
O legado de Mãe Estela de Oxossi é um exemplo de resistência e de luta contra a discriminação racial. Sua dedicação à cultura afro-brasileira e ao Candomblé inspirou gerações de líderes e ativistas, e seu nome se tornou sinônimo de sabedoria e liderança. A celebração de seus 100 anos é um momento importante para refletir sobre o impacto de sua vida e obra na sociedade brasileira.
A celebração dos 100 anos de Mãe Estela de Oxossi é um momento importante para homenagear a memória de uma das figuras mais importantes do Candomblé brasileiro. O evento no Axé Opo Afonja foi um momento de reflexão sobre o legado de Mãe Estela e sua contribuição para a cultura afro-brasileira, e é um exemplo da importância da preservação da diversidade cultural do país.
O terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá foi fundado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos, conhecida como Mãe Aninha, em São Gonçalo do Retiro, em Salvador, Bahia. A fundação ocorreu após um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca se separar, liderado por Mãe Aninha.
As ialorixás que antecederam Mãe Estela à frente do Axé Opô Afonjá foram:
Mãe Aninha: liderou o terreiro de 1909 a 1938 e foi fundamental na fundação do Axé Opô Afonjá, trazendo sua experiência e conhecimento do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho;
Mãe Bada de Oxalá: esteve à frente do terreiro de 1939 a 1941, dando continuidade ao trabalho iniciado por Mãe Aninha;
Mãe Senhora: liderou o Axé Opô Afonjá de 1942 a 1967, deixando um legado importante para a comunidade do candomblé;
Mãe Ondina de Oxalá: comandou o terreiro de 1968 a 1975, seguindo os passos de suas antecessoras;
Antes de Mãe Estela, essas ialorixás contribuíram significativamente para a história e o desenvolvimento do Axé Opô Afonjá, um dos terreiros mais importantes do Brasil.
O terreiro ocupa uma área de aproximadamente 39.000 metros quadrados no bairro do Cabula, em Salvador. O nome "Ilê Axé Opô Afonjá" significa "Casa da Força sustentada por Xangô". O terreiro foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2000.
O evento contou com a presença de pessoas ilustres do mundo político local e nacional, bem como religiosas de matriz africana.
Galeria de fotos:

Dolores Lima | Iyalaxe Oyaiyele
Maria Dolores de Lima e Silva; Bacharel em Psicologia pela UNESA; Especialista em Educação pela UFF; pesquisadora CNPq LEPPA/HESFA/UFRJ – “Desafios e possibilidades de Aliança com Movimento Negro no combate ao DST/AIDS ; Iyalase ti Ile Ase Idasile Ode – RJ; Servidora Pública da SEEDUC - RJ; Membro do Comitê Étnico Racial da Secretaria de Estado de Educação(2010 à 2017); Membro da Executiva do Fórum Estadual de Mulheres Negras - RJ; Membro da Coordenação da Marcha das Mulheres Negras; Membro do Fórum Permanente de Diálogo com as Mulheres Negras – Vereadora Marielle Franco(ALERJ); Membro da Coordenação da Campanha Eu Voto nas Pretas... [+ informações de Dolores Lima]
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