2ª temporada do espetáculo de dança Manifesto Elekô chega repaginada ao Rio de Janeiro em junho
- WR Express
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Atualizado: há 2 horas
O projeto traz a conexão entre a orixá Obá e as vivências atuais

✅ 30/05/2025 | 11:12
Conectando vivências dos mitos ancestrais africanos e de mulheres dos tempos atuais, o Manifesto Elekô, da Cia Clanm de Danças Negras, chega ao Rio de Janeiro para uma nova temporada. Com um cenário repaginado e ao som de cantigas autorais em yoruba e bantu, sete bailarinas e seis músicos vão encantar os espectadores com o espetáculo, que conecta a orixá Obá, uma das mais fortes da mitologia afro-brasileira, às histórias das mulheres negras da atualidade. Contemplada no Edital Pró-Carioca Linguagens, a 4ª temporada do espetáculo Manifesto Elekô terá início no dia 5 de junho, no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, na Tijuca, com ingressos entre 15 e 30 reais.
O grupo fará outras nove apresentações nos Teatros Carlos Gomes e Nelson Rodrigues, ambos no centro do Rio. A idealização e concepção é de Fábio Batista, a realização é da Cia Clanm de Dança Negras.
Mais do que uma análise sobre como mulheres negras vêm se adaptando aos desafios diários, segundo o diretor geral do Manifesto Elekô, Fábio Batista, a peça pretende dar visibilidade aos espaços de destaque que elas vêm ocupando em diversos setores da sociedade. “Obá sai de um sofrimento extremo e chega ao generalato de um exército, ocupando o mais alto escalão da proteção das mulheres. Queremos mostrar que, assim como ela, suas contemporâneas também estão percorrendo esse caminho. A mensagem principal é que ainda que haja dor no processo, é preciso dar ênfase às conquistas e à resiliência”, analisa Fábio.
Em sua nova temporada, o espetáculo traz novos significados à história encenada pela primeira vez durante a pandemia de Covid-19. Para além de abordar questões como a violência e a solidão da mulher negra, Manifesto Elekô apresenta os novos caminhos percorridos por elas, que hoje já são responsáveis pela gestão de quase metade (49,1%) dos lares brasileiros, segundo dados do Censo 2022 do IBGE. “Elas ocupam um lugar de matriarcado, mas também estão em outros espaços. No elenco, temos estudantes universitárias, lideranças de projetos sociais potentes, professoras e por aí vai. O processo pelo qual elas passaram, assim como Obá, está, de certa forma, retratado no espetáculo. Quem vier assistir perceberá que Manifesto Elekô é construção política, reflexão, potencialização de mulheres negras, alerta social e festa”, finaliza o diretor.
Acessibilidade e democratização ao acesso à cultura
Haverá uma área próxima ao palco exclusiva para idosos, portadores de necessidades especiais, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo.
Ainda serão destinados 30% dos ingressos para pessoas em situação de vulnerabilidade social, estudantes, professores, pessoas transgêneras e deficientes físicos.
Contrapartida social
Após cada apresentação, a Cia Clanm de Danças Negras e o diretor realizarão uma homenagem a lideranças femininas negras e bate-papo com o público presente, além de oficinas de dança, ministradas por Fábio Batista e os artistas do espetáculo. Os interessados em participar devem acessar o formulário disponível no perfil do espetáculo no Instagram.
SERVIÇO
Espetáculo Manifesto Elekô
Apresentações:
● Dias 07 e 08 de junho / Horário: Sábado, às 19 h e Dom, às 18h.
Ingressos: R$30 Inteira | R$15 Meia entrada (prevista em Lei), disponíveis no Sympla
Local: Local: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro (R. José Higino, 115 - Tijuca, Rio de Janeiro)
● De 17 a 19 de julho / Horário: Quinta à sábado, às 19 h
Ingressos: R$30 Inteira | R$15 Meia entrada (prevista em Lei), disponíveis no Sympla Local:Teatro Nelson Rodrigues (Av. República do Paraguai, 230 - Centro, Rio de Janeiro)
● Dias 13, 14, 20 e 21 de Agosto / Horário: Terças e quartas, às 19 h
Ingressos: R$30 Inteira | R$15 Meia entrada (prevista em Lei), disponíveis no Sympla Local: Teatro Municipal Carlos Gomes (Prç. Tiradentes, s/n° - Centro, Rio de Janeiro)
O espetáculo terá interpretação em Libras. Classificação Indicativa: 14 anos
Para mais informações, acesse: @manifestoeleko
Ficha Técnica
Direção Geral: Fábio Batista Direção Musical: Kaio Ventura
Coreografia: Fábio Batista, Fernanda Dias e elenco Coordenação de Produção: Elaine Rodrigues Produtora: Jéssica Vieira
Corpo de Dança: Ana Gregório, Dany Faria, Erika Souza, Isabel Lorrayne, Larissa Costa, Mirian Miralles, Sabrina Sant’Ana e Talita Felizardo.
Voz: Sabrina Sant’Ana e Kaio Ventura
Músicos: Adriano Souzza (teclado), Kaio Ventura (percussão), Líbano (violino), Lucas da Lapa (percussão), Raquel Terra (violoncelo) e Yago Cerqueira (percussão)
Cenografia: Cachalote Mattos Figurino: Ricardo Rocha Fotógrafo: Fernando Souza Comunicação: Yuri Vieira
Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa Audiovisual: Blínia Messias
Técnico de Som: Leonardo Pereira Técnico de Luz: Cristiano Ferreira
Sobre a Cia Clanm
Fundada em 2012, a Cia Clanm vem se consolidando no cenário brasileiro e internacional, sendo uma principais companhias de dança negra no país - foi mencionada no livro "O Teatro Negro Contemporâneo", de Joel Rufino dos Santos, por sua importância na cultura negra brasileira. Já participou de diversos festivais nacionais e internacionais e seu corpo de bailarinos é formado por profissionais de renome por todo o mundo.
À frente da Companhia está Fábio Batista, um dos principais professores de dança afro e coreógrafos do país. Já participou do Rock in Rio, da comissão de frente de diversas escolas de samba do Rio de Janeiro, da Cia Folclórica Junina e, desde 2023, é diretor artístico da Estação Primeira de Mangueira.
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