Em uma década, 32 lideranças indígenas são assassinadas no Brasil em meio ao avanço da violência no campo
- WR Express

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A América Latina foi responsável por 85% dos assassinatos

✅ 25/10/2025 | 05:40
Um levantamento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), intitulado Situação de Pessoas Defensoras de Direitos Humanos nas Américas, revelou que entre 2013 e 2023, o Brasil contabilizou 32 assassinatos de lideranças indígenas.
O relatório, elaborado pela entidade vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), traz um panorama sobre os progressos e obstáculos na proteção dos direitos de pessoas engajadas na defesa de causas sociais e ambientais.
De acordo com dados do Global Witness, mencionados no documento, 85% dos homicídios de defensores ambientais no mundo ocorreram na América Latina, com Brasil, Colômbia, Honduras e México entre os países mais afetados.
A Comissão destacou que as ameaças, agressões e execuções contra defensores do direito à terra cresceram de forma preocupante na última década. Integrantes de povos tradicionais, comunidades indígenas e lideranças locais estão entre os principais alvos da violência.
Durante o período analisado, foram documentados 81 casos de violência, intimidação ou ameaças direcionadas ao povo indígena Pataxó Hã-Hã-Hãe. O estudo enfatiza que a morosidade na demarcação dos territórios indígenas tem contribuído para intensificar os ataques contra os povos originários.
A CIDH também expressou alarme diante do aumento da violência no campo e dos despejos forçados em áreas ocupadas por famílias assentadas. Segundo o relatório, ao menos dez agricultores ligados a movimentos de reforma agrária foram assassinados em 2023.








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