Por: Iyalorisá Glauciele T’Osun
24/06/2024 | 18:37
Saudações Ancestrais, queridos leitores!
Hoje, lhes convido para uma reflexão muito especial e necessária. Vamos falar sobre o reconhecimento e a preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro, com um olhar carinhoso e respeitoso para o Candomblé. Eu, como Iyalorisá e guardiã de tradições ancestrais, após inúmeras leituras, experiências e análises sinto que essa conversa é vital para todos nós que vivemos em um país tão diverso e culturalmente rico.
O Legado Africano no Brasil
A presença africana deixou um legado profundo e vibrante em nossa cultura. Que podemos ver na música, na dança, na culinária, na religião e nas artes. Pensem no samba, na capoeira, no acarajé e, claro, no Candomblé, que por muitas vezes incompreendido e marginalizado, é uma das expressões mais autênticas e importantes da nossa identidade cultural.
O Candomblé não é apenas uma religião; é um ato de resistência e preservação de nossa herança cultural e espiritual. É um espaço onde celebramos nossa ancestralidade e nos conectamos com as forças da natureza e do universo. Os terreiros de Candomblé são santuários de memória, onde as histórias dos nossos antepassados ganham vida e nos guiam.
A Importância da Preservação
Preservar o patrimônio cultural afro-brasileiro é reconhecer a profundidade das contribuições que essas culturas trouxeram ao Brasil. É um ato de justiça, uma forma de combater o racismo e a discriminação. Mais do que isso, é uma maneira de fortalecer nossa identidade nacional, valorizando cada elemento que compõe essa rica tapeçaria cultural.
Reflexão Diária
Peço que reflitam sobre o quanto as tradições afro-brasileiras estão presentes no nosso dia a dia. Pensem nos ritmos da nossa música, nos sabores da nossa comida, nas festas e celebrações populares. Quantas dessas expressões têm suas raízes nas culturas africanas? E, quantas vezes reconhecemos e celebramos essa herança como parte integral da nossa identidade?
Caminhos para o Reconhecimento:
1. Educação e Conscientização: Precisamos integrar a história e a cultura afro-brasileira nos currículos escolares de forma completa e respeitosa. O conhecimento é a chave para combater a ignorância e o preconceito.
2. Valorização e Respeito: Devemos respeitar e valorizar as manifestações culturais afro-brasileiras em todas as suas formas, desde as mais tradicionais até as contemporâneas.
3. Proteção e Apoio: É essencial apoiar e proteger os terreiros de Candomblé como patrimônios culturais. Eles são espaços sagrados e vitais para a preservação da nossa herança cultural e espiritual. E por fim, podemos concluir que a preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro e do Candomblé é um compromisso com a diversidade, a inclusão e a justiça social. É reconhecer que nossa identidade nacional é multifacetada e que cada uma dessas facetas enriquece o todo.
Que possamos, todos os dias, reconhecer e celebrar essa diversidade, valorizando cada expressão cultural que compõe o mosaico vibrante que é o Brasil. E que possamos, através dessa valorização, construir uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa.
Deixo aqui uma pergunta para nossa reflexão contínua: O que mais podemos fazer para garantir que o legado afro-brasileiro seja plenamente reconhecido e valorizado em nossa sociedade?
Até a próxima, e que possamos seguir juntos nessa jornada de conhecimento e respeito
mútuo.
Iyalorisá Glauciele T’Osun
Glauciele Maria, carioca, caçula de 03 irmãos, nascida em berço católico de rezadeiras que tinham como tradição as ladainhas e festejos de reis. 1° incorporação, ainda criança, com o Cacique Pena Branca da Jurema em um quartinho, familiar, de consultas de Umbanda, pelas mãos do Preto Velho Pai Joaquim de Angola... [+ informações de Iyalorisá Glauciele T’Osun]
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