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Mistérios e Devoção: O Culto a Obaluaiê na Umbanda

  • Foto do escritor: WR Express
    WR Express
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Por: Glauco Garcia


Foto: Bruno Nascimento | Unsplash

22/08/2025 | 08:31


*** A beleza da Umbanda está na imensa variedade de doutrinas e trabalhos espirituais, na dúvida quanto a nossa opinião converse com seus Dirigentes e sigam o que for o entendimento de sua casa espiritual***


“Salve o senhor da Vida e da Nova vida!”


Na Umbanda, o culto é dedicado a Obaluaiê ou Obaluaê, que se desdobra sob o nome de Omulu, um orixá originário de Dahomey, incorporado a cultura Yoruba também por sincretismo. Em termos mais estritos, Obaluaiê representa a forma jovem do orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma mais velha. Contudo, o nome Xapanã é proibido tantos locais, pois mencioná-lo poderia atrair doenças inesperadamente, o que não faz parte da nossa tradição embora respeitemos. Por esse motivo, a forma Obaluaiê é a mais utilizada nos diversos Terreiros de Umbanda espalhados pelo mundo..


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Trata-se de um orixá de aspecto sombrio, considerado entre os iorubás como severo e terrível quando não devidamente cultuado. No entanto, para aqueles que se mostram merecedores, com gestos humildes, honestos e leais, ele se revela um Pai bondoso e fraterno.


A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é cercada de mistérios e dogmas invioláveis. Em linhas gerais, a ele é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidemias. Faz parte de sua essência vibratória tanto o poder de causar enfermidades quanto a capacidade de curar o mesmo mal que provocou.


Segundo a tradição, Nanã prepara os espíritos que irão reencarnar, enquanto Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será acolhido no ventre materno assim que atingir o desenvolvimento celular básico.


Ambos os nomes — Omulu e Obaluaiê — aparecem quando se faz referência a essa entidade. Para a maioria dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os termos são praticamente intercambiáveis, remetendo ao mesmo arquétipo e, consequentemente, à mesma divindade. Contudo, alguns babalorixás defendem que deve haver certa distinção, pois representam aspectos diferentes do mesmo orixá. Variações gráficas como Obaluaê e Abaluaê também são comuns.


Considerado um dos orixás mais temidos, ele comanda tanto as doenças quanto a saúde. Assim como sua mãe Nanã, mantém uma profunda relação com a morte. Seu rosto e corpo são cobertos por palha — em algumas lendas, para ocultar as marcas da varíola; em outras, já curado, não poderia ser olhado diretamente por ser o próprio brilho do Sol. Seu símbolo é o Xaxará, um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.


Muitos associam Obaluaiê apenas ao orixá da cura — e de fato ele cura! Mas sua essência vai além: é o “Senhor das Passagens”, aquele que conduz de um plano a outro, de uma dimensão a outra, e até mesmo da carne ao espírito e vice-versa.


Certamente como Lider maior dos Pretos e Pretas Velhas de Umbanda, essa é uma das mais importantes missões da Energia do “Velho”, a de liderar a reencarnação e também o desenlace do espirito à carne, de todos os espiritos.


A Força de Obaluaiê vem da Terra e sustenta todos os terreiros de Umbanda.

Silêncio, ele está entre Nós!

Atotô, meu velho!




Glauco Garcia - AxéNews

Glauco Garcia

Glauco Garcia - Nascido em familia fundadora do Centro Espirita Caminheiros do Alem (CECA-RJ) , tem a presença mediunica em toda sua familia desde que nasceu. Conheceu a Umbanda e é medium do Centro de Umbanda Caminhos de Aruanda (CUCA-RJ) desde 2014... [+ informações de Glauco Garcia]



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