Inédita, a montagem faz uma ode ao Candomblé Ketu

✅ 24/01/2025 | 18:37
O espetáculo “Candomblé da Barroquinha” estreia nesta sexta-feira, dia 24, no Espaço Cultural da Barroquinha. Inédita, a montagem faz uma ode ao Candomblé Ketu, remontando suas origens, e celebra a história espiritual e cultural do povo negro diaspórico. Com direção de
Thiago Romero, texto de Daniel Arcades e elenco potente, a temporada fica em cartaz de
até o dia 9 de fevereiro, em dias alternados. Os ingressos estão à venda no Sympla e
custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
Uma homenagem respeitosa ao Candomblé Ketu, uma importante nação do Candomblé no Brasil, o espetáculo traz à cena as vivências cotidianas de Marcelina, uma jovem abian, e da comunidade à sua volta. Apesar de ficcional, a obra é fundamentada a partir da pesquisa do diretor e do dramaturgo, e o enredo revisita o que se tem como umas das histórias sobre a origem do candomblé.
“Nosso povo merece conhecer a história das mãos que fizeram este país. A arte tem como
um de seus compromissos reinventar universos, heróis e heroínas para seus apreciadores e
assim estamos fazendo. Por mais que nos faltem dados, não nos falta a memória do corpo,
a memória das vozes esquecidas e os documentos não-oficiais. Estamos aqui para contar
uma história pouco conhecida e muito necessária para nossa população”, destaca o diretor
Thiago Romero.
O texto apresenta ainda a história de três princesas africanas, Iyá Adetá, Iyá Kalá e Iyá Nassô, chegadas à Bahia na condição de escravizadas. Personagens celebradas pela oralidade, elas teriam fundado, no bairro da Barroquinha, o mais antigo templo de culto africano do país, tornando-se assim o símbolo de resistência, fora da África, dos reinos de Ketu e Oyó.
Juntas, criam uma das comunidades Jeje-Nagô, mais importantes fora do território africano, reconstituindo na Bahia os locais sagrados destruídos pelo violento processo de colonização.
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